O assédio sexual no ambiente de trabalho é uma terrível realidade para muitas mulheres e, com a chegada da pandemia, os casos só aumentaram. Foi o que revelou uma pesquisa do LinkedIn, maior rede social profissional do mundo, e da consultoria de inovação social Think Eva, realizada com 414 profissionais em todo o Brasil, em 2020.
Definido por lei como o ato de “constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função”, o assédio sexual no ambiente de trabalho foi relatado por 47, 12% das mulheres participantes da pesquisa, o que deixa claro que esses atos de violência são recorrentes.
Como o assédio sexual aumentou na pandemia, com o home office?
Engana-se quem pensa que o isolamento social imposto pela pandemia de covid-19 fez reduzir os casos de assédio sexual no ambiente de trabalho. A pesquisa, intitulada “O ciclo do assédio sexual no ambiente de trabalho”, revelou que, durante conversas e reuniões de trabalho online, o crime continuou acontecendo, sendo os assediadores “encorajados” pela sensação de proteção que a tela do computador lhes dá.
Não é de surpreender que mais da metade das mulheres entrevistadas afirmou ter sofrido assédio sexual em algum momento no trabalho. Mas, nesse universo, a pesquisa mostrou que o assédio as atinge de maneira desigual, sendo a maioria das vítimas mulheres negras (52%) e com rendimentos menores (49%).
Impactos emocionais profundos, impunidade e medo inibem a denúncia de assédio sexual
Perda de autoconfiança, depressão, ansiedade e impactos negativos na performance profissional são relatos frequentes das vítimas de assédio sexual. E, enquanto elas sofrem as consequências dessa violência, os agressores saem impunes, pois são poucas as organizações que amparam as vítimas e solucionam os casos de forma transparente e comprometida.
A impunidade (78,4%), a falta de políticas internas (63,8%) e o medo (63,8%) fazem as mulheres silenciarem. A pesquisa mostrou que apenas 5% delas recorrem ao RH e 8% ao canal de denúncias das empresas para relatar os assédios. Metade prefere dividir o ocorrido apenas com pessoas próximas; enquanto 33% não fazem nada e 14,7% optam por pedir demissão.
O que vem depois?
Apesar de as mulheres estarem cada vez mais atentas para trazer à luz os casos de assédio sexual no ambiente de trabalho, este ainda é um ato que as afasta da carreira profissional. Por isso, as organizações precisam investir em estratégias para inibir esse crime, além de adotar mecanismos para acolher e ouvir as vítimas, bem como encaminhar suas denúncias.
É possível quebrar o ciclo do assédio sexual nas organizações para construir um ambiente de trabalho seguro para todos. Na Resguarda, acreditamos nessa transformação, por isso, contamos com um sistema completo de Linha Ética – Canal de Denúncias para ajudar as empresas, incentivando seus funcionários a denunciar irregularidades e crimes. Entre em contato com um de nossos especialistas clicando aqui.